No dia 05 de outubro uma equipe missionária composta pelo Dom SantiagoSanchez, irmã Ivone, irmã Jacira, vai até o Passia e de lá, deixam o carro e sobem a uma canoa onde Sr. Moacir com sua esposa Cosma e seu neto Rafael, esperam pelos missionários! Ninguém falava nada, a não ser o missionário Orly Coco que ao descer as escadas para o porto já cantava bem alto o “Hino oficial” da irmã Cleusa: Passia um grito de dor ecoa pelo ar…”As demais pessoas, que ali se encontrava, somente Deus foi testemunhado que cada um vivia em seu coração! da irmã Cleusa! A irmã Jacira, testemunha que ao colocar os “pés” no rio foi logo sentindo algo de estranho, de misterioso! Irmã Jacira além de cantarolar bem baixinho o hino da irmã Cleusa, ainda cantarolava uma música do Roberto Carlos que dizia mais ou menos assim: “…A emoção deste amor não dá pra ser contida, a força deste amor não dá “pra” ser medida” Realmente tudo aquilo que cada um estaria vivendo, não daria para conter e nem medir. Assim seguiu a viagem! Uma curva e outra curva do rio trazia para mais perto a realidade daquilo episódio o qual cada um dos presentes fazia memória! Em uma destas curvas, viram um jacaré, não grande mas…será que poderia ter sido um destes que teria arrastado o corpo da irmã Cleusa? Não se sabe! Estas e tantas outras interrogações, ficou e está bem guardados no coração da floresta! É ela a única testemunha “ocular”! Silencio, alguns pássaros que atravessam de um lado ao outro, outros que seguem voando a frente da canoa, parece que quer mostrar para cada um onde se encontra o grande motivo daquela viagem. Até que o motor (rabetinha) foi diminuindo o barulho e o coração se “alegrou”imaginando como seria o “encontro”. Todos olham para o Sr. Moacir e ele com um esboço de um sorriso no rosto diz: “É bem aqui” e ali acima do barranco (sim nesta época, o rio está bem baixo e o barranco se torna alto) estava a tapera, bem pobre e a placa já quase sendo apagada pelo tempo!No primeiro momento houve um grande silencio seguido de uma oração coordenada pelo Dom Santiago, dizendo que não era motivos de tristeza e sim de alegria, pois Cleusa já está nos braços de Deus e certamente rezava por todos (prelazia, os indígenas, província, congregação…) Segue – se outro tempo de silencio e algumas fotos para registrar aquele momento mágico para cada um dos presentes! Terminado o tempo que parecia não querer chegar ao final, desceram o barranco, combinaram o horário para o almoço e após o mesmo “pés” no rio, outra vez, sim Sr. Moacir informa que ainda faltam mais ou menos uma hora e meia. Sim da ponte até a aldeia são 5 horas rio acima. As doze horas pararam para almoçar e mais um momento de conversa! Querem saber o assunto principal? Irmã Cleusa! Irmã Jacira queria saber tudo! O problema era que o indígena sempre voltado mais para o silencio. Mas foi possível tirar algumas coisinhas! interessantes!!! Chegaram a aldeia e no início não parecia haver ninguém! Os anfitriões sumiram depois que apresentaram a casa (posto de saúde) para os hospedes missionários. Mais tarde quando perceberam que começavam a sair de suas “tocas”, os missionários também saíram de suas “tocas” para visitar as casas. A procissão ficou marcada para as 18:00 em seguida missa com batizados. Após missa foram convidados a partilhar uma galinha caipira cozida em um caldo delicioso! Na hora da missa, o Sr. Raimundo falou: “Quando meu pai era o cacique”, foi ai que irmã Jacira descobriu que era a mesma família, que irmã Cleusa foi “socorrer”. Durante o jantar enquanto alimentava o corpo se aproveitaram para alimentar o espirito e é claro recordar os fatos da história e da vida! Que conversa Boa! Agradável! E cheias de emoções! Tinha – se a impressão de que irmã Cleusa estava presente naquele lugar e é claro que estava!Pois é isto que irmã Jacira partilhava ao sair daquele lugar! Os indígenas disseram que sempre quando podia irmã Cleusa ia para uma visita e eles disseram algo mais: “E que visita! Ela se fazia como uma de nós! Ficava ao fogão junto a minha mãe, enquanto cozinhava”! Foi com muita pena que os missionários tiveram quecortar a conversa e despedir – se, pois os outros familiares queriam jantar e já era tarde! Os missionários foram para “casa” porém aquele momento ficou gravado na memória e no coração de cada! Bem cedinho, enquanto os missionários pelejavam para arrumar suas coisas no escuro (pois não tem luz), o Sr. Moacir liga o motor e como em um passe de mágica aparece a luz! Ele em seguida aparece a porta, chamando a todos para um delicioso café com leite. Os missionários já haviam “tomado café” (uma maça e um pão),porém entraram rápido e bem felizes para desfrutar do café bem gostoso e quentinho! Após tomar o café desceram até o porto e antes de sair tiveram que prometer e garantir a volta!Um indígena ainda feliz veio dar a irmã Jacira alguns tucumãs(espécie de coco que se comem com farinha ou com tapioca) que havia caído durante a noite. Partiram e muito rápido se avistou o “Santuário do martírio”! Ao passar, diminuiu – se a velocidade, rezando juntos uma ave Maria e Gloria ao Pai. Chegaram e ainda para despedir – se do rio passia, desfrutaram de uma deliciosa sardinha, oferecida pelo dono da estalagem!Os missionários voltaram felizes, realizados! Esta foi a primeira vez que foram a esta aldeia, porém, voltaram agradecidos a Deus por experimentar mais uma vez que o nosso Deus sempre “desce” para fazer morada em meio a Humanidade! Bendito seja Deus por todo realizado e pela sua manifestação visível nessa aldeia Japiim! Obrigada Irmã Cleusa, pois você conseguiu captar muito bem este recado de Deus!
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